São 3 vídeos. 2 destes são simulações gravadas do percurso narrativo de um possível interator. Para ter uma experiência real da obra, baixe o arquivo do ebook interativo aqui. E o terceiro vídeo contém a apresentação dos personagens dos filmes Smoking e No smoking.
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Play Smoking no Smoking é uma obra interativa realizada a partir da remontagem dos filmes Smoking e No Smoking, de Alain Resnais.
Ela é parte da tese de doutorado de Maurício Taveira.
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Quando vemos um filme no cinema não esperamos que nossas ações interfiram na narrativa, isto é, não experimentamos o sentimento de agenciamento. No entanto em alguns deles podemos nos defrontar com situações em que a narrativa é dinamicamente alterada pela nossa participação. Podemos interferir na história e ajudar, por exemplo, os personagens a resolver seus problemas e desejos. Estamos diante dos chamados filmes interativos.
Os filmes Smoking e No Smoking (1993), de Alain Resnais, realizados em um meio analógico não provocam o sentimento de agenciamento, mas introduzem uma novidade antes da proliferação dos filmes propriamente interativos: simulam interatividade. São as obras audiovisuais, realizadas em películas, de melhor êxito entre as várias tentativas de simulação de “interatividade” com o espectador. Cada uma oferecem ao espectador 6 finais diferentes. Mas os filmes fracassam quando obrigam o espectador a apenas seguir os 12 finais possíveis da narrativa. Em nenhum momento o espectador se torna um interator e experimenta a ação ou evento como agente. Temos apenas a figura do espectador que assiste passivamente aos dramas dos personagens. Em nenhum momento ele pode “ajudar” a realizar os desejos e o destinos de cada um deles. Os desencadeamentos narrativos, por exemplo, são independentes das vontades do espectador.
O filme interativo Play Smoking/No Smoking (2009), de minha autoria – uma remontagem dos filmes Smoking e No Smoking (1993), de Alain Resnais, propõe uma nova experiência de se relacionar com estas obras de Resnais – ela transforma o espectador em interator. Em Play Smoking/No Smoking (2009) o interator “controla” a partir de uma interface (mouse ou controle remoto) o destino das principais ações dos personagens centrais. Embora o controle daquele não seja soberano, absoluto, ele tem a possibilidade de realizar muitos das vontades dos personagens e também os seus próprios desejos.
Em Play Smoking/No Smoking (2009) o interator, por exemplo, decide se Lionel e Celia se tornam empresários, se Celia viaja em férias com Toby, qual o recado de Miles para Celia, ou o recado de Sylvie para Miles, dentre outras.
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